sexta-feira, 2 de maio de 2008

Era uma vez um homem e uma mulher.

Ele tinha as pernas curtas, o cabelo liso e sabia fazer aquela mulher se sentir bem. Ela tinha as pernas compridas, os cabelos enrolados e sabia fazer aquele homem se sentir bem. Os dois foram se sentindo bem, tão bem, que quando viram, não conseguiam tirar as mãos um do outro.

A coisa era mais complicada do que parece. Eles se amaram muito, se machucaram bastante, mas acabaram se entendendo e indo morar juntos numa casa linda.

A casa tinha uma parede laranja, com janelas brancas e uma floresta verde lá fora. Macaquinhos faziam barulho nas manhãs de sol. Ninguém sabe bem porque, mas todo mundo adorava ir para lá. A casa estava sempre cheia. De amigos, de música e de risadas.

Um dia eles acordaram ao som dos macaquinhos e resolveram comprar um cachorro. Naquela tarde, chegava na casa de parede laranja o seu mais novo morador, um cachorro de pernas curtas, pêlo chocolate, que sabia fazer aquele homem e aquela mulher se sentirem muito bem.

Naquela noite, o homem e a mulher perceberam – um terço assustados e dois terços felizes – que estavam começando uma família.

O tempo passou, como ele sempre passa. O homem, a mulher e o cachorro se mudaram para outro continente e moraram em outras casas, com paredes de outras cores, e viajaram para praias, montanhas de neve, castelos, templos, cidades enormes, grandes, pequenas e minúsculas.

Em todas as casas e em todos os lugares, eles foram felizes. Foram mesmo muito felizes, na maior parte do tempo.

Mas esse tempo todo, tinha uma coisa que eles queriam muito.

Pois foi no outro dia, quase sem acreditar, que o homem, a mulher e o cachorro descobriram que essa coisa estava a caminho. Essa coisinha que ainda é só uma idéia e uns pontapés, mas já sabe fazer esse homem, essa mulher e esse cachorro se sentirem muito bem.

E foi nesse mesmo dia que eles perceberam - um terço assustados e dois terços felizes - que a família estava crescendo e que, muito em breve, haveria mais alguém para ser feliz com eles, não importa o continente, a casa ou as cores das paredes.

Essa coisinha se chama Srta. Lobo e esse blog é todo dela.

2 comentários:

;) disse...

Desejo que essa família saiba sempre cultivar a felicidade que os uniu nessa linda história de amor.

um beijão pros 4.

Cinthia Van de Kamp disse...

Oi Aline, tô amando acompanhar a história da Srta. Lobo pelo seu blog, e torcendo para que essa família seja muito, mas muito feliz. Espero conhecê-la em breve. Muitos beijos.